terça-feira, 22 de setembro de 2009

Tenho vindo a observar... parte um

Sinto cada vez mais, que vivo numa sociedade meia adormecida diante de uma comunicação social demasiado activa, opinativa e especulativa. Nesta sociedade vivem zombies da opinião dos outros. Acreditam naquilo que vêem, ouvem e lêem, numa preguiça de perguntarem à consciência se tudo isso será verdade no seu estado mais puro e cru. Pergunto: qual é o principal objectivo do jornalismo? Pensei eu durante alguns anos que seria relatar factos. E assim foi e eu ainda vi, apesar da minha pouca idade.
Existe um marco no jornalismo em Portugal (a entrada de um jornalismo meio sul americanoide, sensacionalista), da passagem do relatar factos até à especulação acerca dos possíveis factos. Daí escorreu para outros, como um liquido pegajoso, que passa e cola.
Será que quem controla os media são grandes grupos económicos?
Sim, claro que sim. Cujo o principal interesse é manter a sociedade em pânico e desconfiada. A forma mais fácil de controlar a massa. Mas, será que aqueles zombies, que se dizem pessoas cultas, que leêm jornais e veêm telejornais, que se afirmam como conhecedores da realidade do país em que vivem, que abominam grandes grupos económicos e monopólios, lembram-se de tudo isto, quando estão a ser absorvidos e induzidos nas especulações da comunicação social.
Brincam aos fantoches, até conseguem enfraquecer ou fortalecer as forças políticas do nosso país. Conseguem as maiorias absolutas e relativas, as minorias e mais, vão conseguir mais umas eleições daqui a dois anos só para encherem os bolsos. Parabéns!!!

Adoro este povo, sou portuguesa, acredito nas capacidades deste povo, afirmo não quero sair daqui. Quero viver neste jardim, mas não quero que os outros achem aborrecido discutir a nossa sociedade, porque só assim seremos livres. Mas, para ser livre, temos que ser justos. A consciência é única e vivermos nesta falta de consciência é absurdo. Um dia ponho este país a pensar, prometo. Sofremos de falta de memória, 35 anos depois de um sistema ditatorial, 25 anos depois de uma democracia, continuamos a queixar dos que governam (como sempre). Odiamos a mudança, não reconhecemos a nossa evolução. Será que estamos assim tão mal!?

Uma Nova Actividade

Como é do conhecimento dos que me rodeiam, adoro política. A ponto de por vezes aborrecer esses mesmos com a minha conversa sobre o nosso país, as nossas gentes, a nossa cultura e os graves problemas sociais que temos neste jardim à beira mar.

Se pensava (quando criei este blogue) publicar apenas "coisas" dos outros, dado o embaraço da partilha das minhas palavras neste "mundo sem fim". Decidi então, ganhar coragem e passar a conversar sobre estes assuntos aborrecidos com o meu computador, e claro, com quem os quiser ler mais tarde.

Até já...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Muito Difícil

Era uma vez um rapaz que tinha muita dificuldade em tomar decisões.
Quando lhe perguntavam o que é que gostaria de receber, o rapaz pensava logo nas coisas que deixaria de ter ao manifestar o seu desejo! Sempre que fazia algo, pensava naquilo que deixava de poder fazer naquele momento.
Se desejava ter uma bicicleta atormentava-o a ideia de que ter uma locomotiva para o seu comboio ou ter uns patins podia ser melhor.
O mesmo lhe acontecia quando alguém o convidava para brincar. Se resolvesse ir, pensava o tempo todo se não teria sido melhor ficar em casa a ver televisão ou a ler.
Quando via sozinho televisão tinha pena de não estar a ler ou a brincar com outras crianças no jardim. Sempre que lia um livro, pensava em tudo o que perdia por ter escolhido aquele livro e não o outro. Se um rapaz lhe perguntava: “ queres ser meu amigo?” pensava logo se não seria melhor ser amigo de outro rapaz. E foi assim que chegou ao Natal, pensando e repensando naquilo que gostaria de ter.
Mas, no dia 23 de Dezembro ainda não tinha escolhido nada. Será que nesse Natal houve um presentinho para ele? Eu acho que sim, pois certamente que o Menino Jesus não o esqueceu.
Manfred Mai, 1999

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Como o mundo é pequeno!

Cibelle "London, London"